Você já parou para pensar no quanto as mulheres influenciam as compras domésticas? Mais do que apenas administrar o orçamento, elas desempenham um papel protagonista na gestão financeira familiar. E em tempos de inflação em alta, essa atuação torna-se ainda mais evidente, com 70% das mulheres e 55% dos homens optando por trocar de marca em busca de opções mais acessíveis.
A sondagem realizada pelo Sincovaga em março de 2023 revela um panorama intrigante:
Enquanto 34% das mulheres aumentaram suas idas ao supermercado, 27% dos homens relataram o contrário. E essa é uma reflexão valiosa sobre como a dinâmica familiar se adapta às pressões econômicas.
Mas o que esses números realmente indicam?
Para começar, as estratégias adotadas para driblar os preços em ascensão revelam muito sobre o comportamento do consumidor. Mulheres são mais propensas a priorizar promoções (39% contra 25% dos homens), pesquisar preços em diversos estabelecimentos (30% contra 29% dos homens) e cortar supérfluos (22% contra 16% dos homens). Uma verdadeira análise de mercado feita no corredor do supermercado.
Fique atento, empresário: a fidelidade à marca também está em xeque!
Enquanto 70% das mulheres e 55% dos homens abandonaram essa prática, experimentando outras opções desde o início da pandemia, fica evidente que a busca pelo melhor custo-benefício ganha cada vez mais relevância.
Mas afinal, por que isso importa tanto?
A resposta está na compreensão de como essas mudanças afetam não apenas o comportamento de consumo, mas também a economia na totalidade. Itens básicos como higiene e limpeza, arroz, feijão e laticínios estão entre os mais afetados pelas trocas de marca.
Além disso, a ascensão do supermercado online como uma alternativa viável reflete a adaptação dos consumidores à era digital. Embora 31% dos entrevistados no estudo tenham experimentado essa modalidade de compra, as preferências ainda são os formatos tradicionais de varejo de alimentos.
Em última análise, essas mudanças de hábito não apenas refletem as pressões econômicas enfrentadas pelas famílias brasileiras, mas também como o contexto geral da economia moldam suas expectativas para o futuro, e claro, seu comportamento de consumo.
A revolução dos consumidores – ou consumidoras – está em marcha, e o poder de decisão das mulheres é um fator determinante nesse cenário. Suas escolhas nas compras domésticas refletem as necessidades imediatas da família, moldam o mercado e influenciam o curso da economia.
Enquanto alguns mantêm a esperança de uma melhoria econômica, outros encaram a realidade com estratégia – e um certo nível de pessimismo.”– LUCAS CRUZ
Fontes:
Sondagem realizada pelo Sincovaga em março de 2023.